quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Pare de ter a felicidade como meta

Ontem o colega Samurai Financeiro fez um ótimo post sobre ser feliz ao atingir a independência financeira. Gostei muito das reflexões dele e deixei o seguinte comentário em seu blog:

Ótimo post, Samurai!
Não me lembro exatamente aonde li ou ouvi isso (deve ter sido pesquisando sobre budismo), mas você falou bem: a feliciade é fugaz e, como uma droga, sempre vamos querer mais. Por isso, ao invés de buscarmos a felicidade, deveríamos buscar a PAZ interior.
Por coincidência, ontem iniciei a leitura do livro "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", do filósofo Olavo de Carvalho.

Confesso que nunca fui fã dele pois o acho extremamente arrogante e com um ar quase de maluco em seus vídeos. Mas lendo textos antigos dele parece outra pessoa. Mas não quero ficar falando dele aqui.

O que eu quero destacar é a seguinte citação do médico psiquiatra austríaco, Viktor Frankl, sobrevivente de um campo de concentração nazista, que está presente no livro.

"Enquanto fazemos da felicidade uma meta, não podemos alcançá-la. Quanto mais a almejamos, mais ela se distancia. Esse fato é mais evidente em casos de neurose sexual, pois são justamente aqueles homens que se esforçam por demonstrar a sua potência que vivem atormentados pela impotência.
Quanto mais uma mulher tenta demonstrar, pelo menos para si mesma, o quanto é capaz de sentir um orgasmo, mais propensa ela está à frigidez. Mas quando você não pensa em prazer ou satisfação, mas simplesmente se entrega, seja na vida sexual, seja no trabalho, seja no amor, quando não mais se preocupa em ser feliz ou bem-sucedido, então a felicidade se instala por si mesma". 

 Tem uns dois artigos só falando sobre o Viktor. Achei incrível a história de vida dele e de suas ideias sobre vocação e sentido da vida. Quero ler o livro dele onde ele se aprofunda nesses temas, chama-se "Em busca de um sentido".

em busca de um sentido vicktor frankl


Nunca tinha ouvido falar desse pensador, mesmo tendo feito curso superior na área de humanas. Mas Manuel Castells, Pierre Bourdieu, Eric Hobsbawn, Marilena Chauí, autores queridinhos da esquerda, esses li aos montes.

Mas não li nada de Thomas Sowell, Olavo de Carvalho, Mises, Roger Scruton ou Flavio Gordon. Não há choque de ideias, debates. Há apenas doutrinação. E quem fala que não há é porque nunca estudou em Universidade Federal.

No livro tem uma recomendação de um vídeo muito bom de uma entrevista dele que ainda não terminei de ver. Deixo abaixo para quem quiser assistir.



E aí pessoal, o que acham dessa idea de parar de ter a felicidade como meta?

PS: Apenas um comentário aleatório que ronda na minha cabeça há algum tempo, já repararam que em fotos antigas as pessoas raramente sorriam? 

Geralmente elas estavam sérias e bem-vestidas (comparado aos padrões de hoje), mesmo os mais pobres. Hoje em dia é quase obrigação sairmos sorrindo nas fotos. 

Alguém fala em tirar foto e você já sorri pra fazer a pose. O que será que gerou essa mudança de comportamente ao longo dos anos?