segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O Melhor que Podíamos Fazer | Por que ninguém citou o comunismo?

O Melhor que Podíamos Fazer - Resenha da HQ



SinopseEssa é uma história sobre a procura por um futuro melhor e saudosismo pelo passado. Abordando a angústia da imigração e os efeitos que ela tem sobre as pessoas, a autora e personagem, Thi Bui, documenta a difícil fuga de sua família após a vitória comunista no Vietnã do Sul, na década de 1970, e as dificuldades que enfrentaram para fugir do pesadelo vermelho e construir uma nova realidade. 'O melhor que podíamos fazer' traz à vida a jornada de uma filha em busca de compreensão sobre a história de sua família e de seu país e fornece inspiração a todos aqueles que anseiam por um futuro melhor enquanto recordam o passado de privações.

Essa HQ mostra bem o que o comunismo faz: chega com um discurso bonito onde se propõem a resolver algum problema existente e, em pouco tempo, se mostra muito pior do que aquilo que prometeu resolver.

Foi por causa da miséria e violência causadas por essa doutrina, que para alguns é praticamente uma religião, que a família de Thi Bui, a autora, teve que fugir do Vietnã.

Esta história em quadrinhos da pontos de vista interessantes sobre a história desse país, pontos um tanto fora da casinha, coisas que seu professor de história não vai contar pra você.

Mas não se engane pela minha resenha parcial e enviesada, o principal dessa HQ não é a política, mas as relações familiares, a reconstrução de seu passado e a dificuldade de se conectar com os seus pais e a sua própria história.

Para quem gostou de Maus e Persépolis, dois clássicos das HQ´s, é um prato cheio. A HQ autobiográfica de Thi Bui segue a mesma linha destas obras.

Além de serem histórias reais, todas as três tratam do sofrimento de famílias e de todo um país por conta de regimes totalitários, violentos e controladores.

o melhor que podíamos fazer
A história a respeito dessa foto é contada na HQ é muito interessante!

Curiosidades a cerca de 'O Melhor que Podíamos Fazer'



É verdade que esse livro não é sobre política, tampouco a autora levanta bandeiras ideológicas (o que é estranho, pois não se vê sobreviventes do nazismo "isentões", mas vá lá), no entanto procure resenhas dessa HQ na Amazon ou no Skoob. Eu espero.

Você não verá a palavra "comunismo" citada uma única vez. Mal comparando, é como um livro ou filme sobre a segunda guerra mundial não citar o nazismo.... mas você vai achar várias citações à xenofobia nos Estados Unidos, justamente o país que ofereceu abrigo à família da autora.

o melhor que podíamos fazer


Não quero dizer com isso que xenofobia é algo bom ou um problema que deva ser ignorado, mas por que citam tanto uma coisa que a autora da pouco destaque em sua obra quando outra de muita maior importância sequer é citada?

Eu tenho minhas teorias, não vou responder a pergunta acima, vou deixar vocês tirarem as suas próprias conclusões...

Deixem seus comentários sobre o assunto aqui no blog!

E, se quiserem ler essa HQ, coisa que eu recomendo, ela costuma entrar em promoção na Amazon, mas mesmo fora da promoção não custa muito caro.

Se puderem comprar pelo link deste humilde blog ficarei imensamente grato!

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Para quem quiser ver uma boa resenha em vídeo sobre essa HQ, recomendo assistir essa abaixo.



10 comentários:

  1. Tenho a mesma impressão que você quanto ao acobertamento do comunismo na adaptação dessa HQ. É o tipo de hipocrisia que me irrita MUITO.

    Fazendo um paralelo é o que eu sinto quando vejo aquelas refugiadas muçulmanas criticando o "machismo do ocidente". Eu fico muito puto com o fato de que nas latrinas de onde elas vieram as mesmas não podem nem sair sozinhas, dirigir carros e no geral são tratadas como sub-humanas, mas quando vem para cá tem a pachorra de falar merda da nossa sociedade. Era o caso de pegar uma criatura dessas e jogar de volta para os infernos de onde fugiram para aprender a deixar de demagogia.

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    1. Olá, Anon.

      Não me refiro ao processo de produção da HQ, mas dos comentários das pessoas que leram a mesma.

      Soa tudo estranho, como se ao ler algo ruim relacionado ao comunismo um gatilho fosse acionado no cérebro das pessoas para elas automaticamente ignorarem aquilo. É bizarro!

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    2. Ah entendi. Bom realmente podemos observar que existe todo um processo cultural consciente para diferenciar o totalitarismo do comunismo, então isso que você percebe como um gatilho acontece mesmo, é fruto desses anos de doutrinação. A educação contribuiu com isso já que desde a escola fomos ensinados sobre o nazismo e o comunismo como coisas completamente opostas, sempre ignorando as inúmeras semelhanças entre ambas as ideologias (ex: desvalorização do individuo em prol de um "coletivo", a raça no caso do nazismo, o "povo, no caso do comunismo).

      Não é nada por acaso, é tudo parte de um esforço consciente da elite mundial.

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    3. Tenho essa mesma percepção, Anon. Tem um livro interessante sobre o tema, o nome é "A corrupção da inteligência", do Flavio Gordon. Descreve bem a realidade dos "intelectuais" brasileiros.

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  2. Ótima observação. O mesmo acontece com as resenhas dos livro 1984 e A revolução dos bichos, ambos de Geroge Owell.

    Os socialistas cult fazem um paralelo impensável entre os livros e o governo do Trump, por exemplo. Entretanto, ambos os livros retratam governos socialistas totalitários, absolutamente nenhuma correspondência com a direita.

    O que fica evidente é que pra esse pessoal tudo que não presta é (extrema) direita. Tudo que é lindo, bonito, romântico e funcional é socialismo paz e amor. Eu fico com muita raiva, MIN, mas tenho evitado ao máximo entrar em debate com esses alienados.

    O esforço pra refutar o bullshit é 10x maior que o necessário para criá-lo. Não vale a pena. E mais, discutir com esses anencéfalos é como jogar xadrez com um pombo, como diria o Lobão...

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    1. Olá, CI. Concordo em gênero, número e grau.

      Pior que eu vejo no trabalho tanta gente inteligente caindo nesse papo furado. Até apoiadores da Manuela Dávila tem por lá... eu evito ao máximo entrar nesse debate, porque, sem eu quase abrir a boca, já me chamaram de "eleitor do Bolsonaro", imagina se eu abrir a boca e dizer o que eu penso...

      Pior que meu estagiário tenta discutir ainda (ele tem uma visão mais liberal, assim como eu). Eu fico cansado só de escutar ele tentando argumentar, e olho que ele nem chega a tocar nesse papo de doutrinação esquerdista, aí mesmo que a casa ia cair!

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  3. Poxa, bem legal essa HQ, nem sabia que tinha esse "tipo" de HQ por aí, vou salvar o link aqui para ver se eu compro ou acho nos torrents da vida hehehe

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    1. Procura no site HQ BR, mas, se comprar, compra pelo meu link, hehe!

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