quinta-feira, 4 de maio de 2017

Caindo na real: eu mandei mal

O manual do concurseiro alexandre meireles

Não sei quem foi que me disse aqui nos comentários para baixar o PDF de um ebook ou artigo chamado "O Manual do Concurseiro", do Alexandre Meireles. Eu procurei nos comentários do meu último post sobre concursos públicos, onde desabafo após tomar uma trolha na prova do TRF-2, mas não consegui identificar a boa alma que me indicou essa leitura.

Esse artigo tem dicas valiosas de quem já foi aprovada em concursos dificílimos para a receita federal, um dos mais difíceis. A leitura é excelente, prazerosa e me fez mudar algumas coisas na rotina de estudos.

Por exemplo, eu não fazia resumos. No máximo eu anotava algumas coisas no caderno, mas nunca olhava novamente. Agora estou fazendo resumos em folhas em branco, formato A4 (segundo a Alexandre, folhas em branco são melhores do que folhas pautadas, pois o cérebro assimila melhor a informação sem as linhas), guardando tudo em uma pasta para ficar mais fácil o acesso para fazer revisões. Também estou usando canetas de várias cores para escrever porque, segundo o mesmo, também facilita a memorização. Estou esquematizando tudo o que eu posso.

Depois de ler esse artigo, também resolvi procurar um vídeo com a correção da última prova do TRF. Eu fiquei chocado como a prova não foi tão ruim como eu imaginei que havia sido. Das seis questões que eu acreditava que deveriam ser anuladas, apenas duas, no máximo três forçando a barra, poderiam ser anuladas segundo os professores do curso o qual eu assisti à correção. Ou seja, apesar a CONSULPLAN ser uma banca ruim, a prova não foi tão podre quanto eu imaginei. Me deixei levar pelo choro pós-prova e pela minha revolta com o meu próprio desempenho.  



Avaliando a minha preparação para a prova do TRF-2, percebi que o curso o qual fiz o coaching (ou estudo dirigido, sei lá o nome certo), o Ponto dos Concursos, pecou em um ponto fundamental em que o Alexandre aborda no livro: a alocação de tempo. Eles deram a mesma ênfase tanto às matérias de sustentabilidade e acessibilidade que, juntas, somaram incríveis uma questão, quanto à Processo Civil, que teve 5 ou 6 questões, sendo que essa foi a primeira vez que estudei CPC, Processo Penal, Direito Penal, Tributário, Previdenciário. Não foi a toa que CPC e Dir. Penal foram as grandes responsáveis por jogarem a minha nota lá pra baixo.

Agora, estou contando quanto tempo estudo de cada matéria e dando mais ênfase às matérias com maior peso. Por exemplo, se em um dia eu estudo três horas, eu gasto uma hora com português (matéria básica para qualquer concurso) e duas horas com direito constitucional, que vale mais pontos.

No momento, estou estudando matérias básicas: Direito Administrativo, Constitucional, Informática e Português. Quero revisar essas matérias inteiras antes de me decidir por prestar o concurso do TRT ou TRE e começar a estudar as específicas.

Quero finalizar dando o meu muito obrigado para quem me indicou esse artigo do Alexandre Meireles (ele é facilmente encontrado para download). Ele me deixou mais calmo e me fez reorganizar de forma importante os meus estudos. Muito obrigado e me desculpe por ter esquecido o seu nome!

22 comentários:

  1. Olá, Nerd.

    O negócio é assumir o erro e seguir em frente, como vc fez. E parabéns pela boa alma que fez a indicação! Bons estudos :)

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  2. Olá Nerd, não é o fim do mundo não ter passado em um concurso, não se cobre muito, a verdade é que todos (inclusive eu)gostaria de passar em um bom concurso público, mas veja que concurso não se mede inteligência das pessoas, muitos se preparam somente para passar no concurso, mas na vida real é um poço de ignorância !!! Não é a toa que o serviço público não tem qualidade, boa parte dos que passam não tem sequer competência para trabalhar, apesar de terem passado em um concurso !!

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    1. Stifler, discordo de você.

      Falo com conhecimento de causa que quanto maior o salário de um concurso, mais difícil e concorrido é esse concurso, e, consequentemente, maior o nível das pessoas que são aprovadas.

      Pega uma turma de curso de formação de um concurso como o TCU e você vai ver que só tem gente bem acima da média intelectualmente. Esses que "só sabem fazer prova mas na vida real são ignorantes" são minoria.

      Lógico que se você se basear unicamente em concursos municipais, que pagam uma mixaria e comumente são fraudados, ai talvez sua opinião seja válida.

      O problema da qualidade dos serviços públicos está muito mais ligado a estrutura legal-burocrática e com as "politicagens" do que com o quadro de pessoal.

      Abraços!

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    2. Concordo com o Ministro. Não posso, por exemplo, achar que um Procurador da República "só estudou para o concurso". Até pq esse "só" demanda um esforço tremendo, uma disciplina invejável. O sujeito pode até ser escroto, pobre em espírito e até mesmo um psicopata, vai saber. Mas "poço de ignorância" é pouco provável.
      E, após treze anos de serviço público, tb constato isso: os maiores problemas são da má gestão e da influência politiqueira, especialmente com cargos em comissão, funções de chefia mal concedidas e nomeações nulas.
      Nunca vi um colega meu concursado fazendo corpo mole ou sendo negligente. Falo por minha experiência, claro. Devem haver os mamadores por aí, mas maus profissionais vc encontra em todos os nichos. No serviço público, chama mais atenção porque o erário está gastando com ele. Mas muitas empresas recebem mimos fiscais e creditícios e tb possuem péssimos profissionais que causam danos à sociedade.
      Infelizmente, o setor público é estigmatizado por décadas de má gestão e a culpa sempre cairá sobre os servidores efetivos que batem ponto e metas.
      Abraços a todos!

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    3. Fico feliz com essa discussão do alto nível aqui no meu blog! :D

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  3. Olá nerd, eu estudo pelo zap com amigos.

    Todo dia temos que reaponder questões formuladas por nós mesmos. Ou seja, estudamos para fazer a pergunts e responder.

    Assim que mando ele tem a obrigação de reponder no dia. E no dia seguinte ele pergunta e eu respondo e assim vamos.

    Em seis meses são 360 perguntas, formuladas e respondidas sem tédio.

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    1. Oi, Lawyer. Já tentei estudar por whats app e facebook, pra mim não da certo, disperso rápido.

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  4. Legal suas dicas Micro.

    Saber estudar corretamente é muito importante.

    Siga na luta dos estudos.

    Abraçao

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  5. Micro,

    Tenho uma experiência razoavelmente vencedora com concursos, além disso conheço muitas outras pessoas que venceram nos concursos e posso te falar com segurança: os dois pontos que você abordou (confecção de resumos e divisão do tempo de estudo de acordo com a importância da matéria/assunto para a prova) são básicos para se alcançar uma aprovação em concursos de médio/grande porte.

    Sinceramente, se você fez o coach do Ponto dos Concursos (que não é barato) e eles não falaram isso, é de se repensar a qualidade desse curso!

    Eu fico impressionado com a quantidade de gente que estuda pra concurso e não tem a menor ideia do que está fazendo, não estou dizendo que é o seu caso, mas é a realidade de MUITA gente!

    Acompanha meu blog que em breve devo abordar algumas coisas relacionadas a concurso. Se puder me adiciona no seu Blogroll, vou adicionar você!

    Abraços!

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    1. Pois é, não abordaram! Eu acabei por conta própria dedicando menos tempo a matérias como sustentabilidade e acessibilidade, mas ainda assim senti que gastei tempo demais com elas, tempo esse que poderia ter sido investido em CPC e Penal, por exemplo.

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  6. Só em "se mancar" já é um grande ponto positivo. Bola pra frente.

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  7. MIN, uma das coisas que mais faço ao estudar direito para concursos é fazer resumos! Aí, faltando poucos dias para prova, vou direto neles, é uma mania boa que peguei da faculdade de História, em que sou formado. Agora, esse lance de papel A4 ser melhor, eu não sabia, começarei a praticar!

    Abraços.

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    1. Não é nem pelo tamanho, mas por ele não ter pautas, sendo totalmente branco.

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  8. Prezado, Nerd. Favor desconsiderar meu comentário anterior. Publiquei apressadamente e não me dei conta do quão invasivo fui divulgando meu blog. Desculpe.

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  9. Fui eu que indiquei o PDF para você, fico feliz que tenha aproveitado!

    E, me desculpe, mas para de choradeira, infelizmente concurso é assim.
    O primeiro concurso que eu fiz, em 2012, era um estadual de nível médio (eu já tava na faculdade), não consegui nem fazer o mínimo de 50% da prova para conseguir ser classificado. Meu pai ficou irritadíssimo.
    Mantive a constância e hj sou concursado (ganho +10k líquido) e tenho menos que 25 anos.

    Vou te mandar a real, não fica nessa de estudar para TRT e TRF. Infelizmente carreiras trabalhistas exigem um foco próprio.
    Se vc estiver fazendo para AJ, foca nas 6 matérias principais (proc. civil, civil, administrativo,constitucional, proc. penal e penal), especialmente em lei seca e informativos. Tira o escorpião do bolso e paga o pacote anual do qconcursos e começa a fazer questões (e corrigir as que você errou, especialmente lendo os comentários).

    2o semestre vai abrir MPU e TRF1. O MPU tem vaga para todo o Brasil, geralmente você opta por um estado na inscrição. O TRF1 abarca praticamente metade do Brasil, e tb é nesse mesmo esquema. Aqui cabe uma estratégia: se você tiver frescura com cidade, coloca no seu estado natal e enfrente notas de corte altas. Se voce optar pelo caminho guerreiro, se inscreve pro Pará que tem muitas PRMs e Subseções da JF e a nota de corte é baixissima comparada com outros estados e,sobretudo, a lista roda bastante por que toda hora um servidor remove para outro estado.

    Fica na dureza de morar num fim de mundo 1 ou 2 anos e depois pega uma remoção para mais perto de casa. Um conhecido meu morava no Recife/PE e fez isso, 2 ou 3 anos depois já estava morando em Caruaru (as capitais do NE são disputadíssimas).
    Não tem segredo, só não pode ter frescura.

    Inclusive, fiz um blog e coloquei o teu blog no blogroll
    dá uma olhada lá depois

    sucesso
    abs!!

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  10. Sim, foi o Milan Kundera que te indicou no post "Me chamaram para trabalhar e agora?"

    Abraços,

    Um investidor brasileiro na Arabia,

    http://brasileironaarabia.blogspot.com

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